AS GÍRIAS MAIS FALADAS NO FUTEBOL BRASILEIRO
A gíria teve sua origem na maneira de falar de grupos marginalizados que não queriam ser entendidos por quem não pertencesse ao grupo, constituindo-se como um importante recurso de comunicação e expressividade.
Com a popularização do futebol,
praticado em ruas, praças, parques ou outros espaços disponíveis, a linguagem
informal do falar cotidiano do povo foi sendo incorporada cada vez mais ao
esporte.
Atualmente, a gíria e as frases
feitas estão definitivamente agregadas e consagradas no futebol do País, tanto
pelo povo como pela mídia. Determinadas expressões passaram a fazer parte da
linguagem futebolística, ficando até difícil se referir a certos assuntos de
outra maneira.
Existem algumas diferenças
regionais, porém, determinadas expressões são conhecidas e usadas no Brasil
inteiro. Hoje a gíria e as frases feitas são tão comuns no futebol brasileiro
que, praticamente, não conseguimos imaginá-lo sem elas.
SENÃO
VEJAMOS
Abrir
o bico – cansar, diz-se do jogador que está cansado (abrindo o bico).
Abrir
o placar – marcar o primeiro gol do jogo.
Açougueiro
– atleta violento, desleal nas jogadas.
Acréscimo
– tempo de jogo após os 45 ou 90 minutos.
Alambrado
– tela de arame (aramado) que separa a torcida do campo.
Amistoso
– jogo disputado fora de torneio ou campeonato que não conta ponto.
Ao
apagar das luzes – nos últimos minutos da partida.
Arco
– a baliza no campo de futebol.
Arrumar
a casa – recompor a equipe após uma forte investida do adversário.
Artilheiro
– jogador que tem o maior número de gols marcados.
Banheira
– impedimento.
Bicanca
– chute dado com o bico do pé.
Boca
do gol- a frente da meta ou gol.
Boca
do jacaré – saída dos vestiários.
Bola
na rede – gol marcado.
Bola
perigosa ou venenosa- bola chutada que leva perigo ao gol.
Bola
quadrada – passe mal feito ou ruim.
Cá
e lá, lá e cá – jogo dinâmico, bem movimentado.
Caceteiro
– jogador desleal, que faz jogada violenta no adversário.
Cafofa
– chute fraco, fácil de defender.
Cai-cai
ou dar o pira – simulação de contusão em vários jogadores dos mesmo time para
forçar o término da partida.
Caixa
de surpresas – justificativa pela falta de lógica do futebol.
Camisa
doze – torcida.
Carimbar
– chutar a bola com violência contra um obstáculo dentro do campo (barreira,
traves ou o corpo de um adversário).
Carimbar
a rede – marcar gol.
Carrinho
– tentativa de desarme, quando o jogador se atira com ambos os pés na frente,
de lado ou por trás no adversário.
Catando
borboleta – quando o goleiro sai do gol numa bola alta e não consegue pegá-la.
Cartola
– forma irônica e hostil de chamar os dirigentes de clubes ou instituições de
futebol.
Catimba
– sistema antiesportivo que tenta levar vantagem e irritar os oponentes por
meio de simulações de contusão, reclamações e demora na reposição da bola em
jogo, com o objetivo de tumultuar a partida ou ganhar tempo.
Cavar
um pênalti ou uma falta – simular.
Cera
– demora em repor a bola em jogo para ganhar tempo.
Chapéu
– quando o jogador fica com a bola após encobrir o adversário.
Chapuletada
– chute forte ou falta violenta.
Cheio
de gás – jogador com muita disposição.
Choradeira
– reclamações e desculpas depois de uma derrota.
Chutaço
– chute forte.
Chutão
– chutão sem qualquer direção.
Chuva
de gols – goleada.
Chuveiro
ou chuveirinho – bola alta lançada para o interior da grande área adversária.
Cobra
– craque, bom jogador.
Corpo
mole – falta de empenho
Casa-cheia-- estádio completamente lotado.
Casa-cheia-- estádio completamente lotado.
Dar
de bandeja – presentear; passe feito na medida certa.
Descer
a lenha – ser violento.
Devolver
quadrada – devolver muito mal a bola.
Entortar
– realizar um drible espetacular.
Encurralar--
não deixar o adversário transpor o meio do campo
Esticar a rede – marcar gol.
Esticar a rede – marcar gol.
Fechar
o gol – quando o goleiro faz inúmeras defesas evitando ou reduzindo o número de
gols sofridos.
Fominha
– jogador individualista que quer decidir tudo sozinho, mesmo tendo algum
companheiro em melhores condições de jogo.
Frango
– gol sofrido por falha ou inabilidade do goleiro.
Garantir
o bicho – garantir um resultado favorável para o time.
Gaveteiro
– juiz ou jogador que aceita suborno.
Gol
relâmpago – gol muito rápido feito nos primeiros segundos de jogo.
Gol
chorado – gol difícil de ser marcado.
Jogo
embolado – confuso, sem definição tática.
Jogo
aberto – partida jogada de maneira ofensiva.
Jogo
fechado – partida jogada defensivamente.
Jogar
na retranca – idem.
Lanterninha
– time situado na última posição em um torneio ou campeonato.
Linha
burra – avanço intencional da defesa para provocar o impedimento do adversário.
Marca
da cal – marca do pênalti.
Mata-mata
– torneio onde é eliminado o time que perde no confronto direto.
Morrinho
(artilheiro) – saliência do gramado que modifica a trajetória da bola,
enganando o goleiro.
Morte
súbita – primeiro gol marcado na prorrogação e que define o vencedor do jogo.
Muralha
– barreira. A palavra é usada também para uma defesa compacta ou um bom
goleiro.
Na
gaveta – gol que a bola entra na junção das traves verticais com o travessão.
Nas
nuvens – bola muito alta chutada em direção ao gol.
Onde
dorme a coruja – gol no ângulo entre a trave e o travessão.
Parede
– barreira.
Passe
com açúcar – lançamento da bola de um jogador para outro com precisão.
Peneira
– Time com a defesa fragilizada..
Sair
do jejum – marcar gol depois de muito tempo sem fazê-lo.
Segurar
o jogo – coibir a indisciplina.
Tapete-verde
– gramado.
Tijolada
ou tijolo – chute forte.
Tranco
– empurrão que o jogador aplica no adversário para tomar-lhe a bola.
Travessão
– trave que limita a parte superior da meta ou gol.
Trivela
– chute com efeito dado com a parte da frente externa do pé.
Última
volta do ponteiro – expressão usada por locutores quando a partida entra no
último minuto.
Valorizar
a posse da bola – segurar a bola para fazer o tempo passar, num resultado
positivo.
Zebra
– resultado positivo para uma equipe que consegue vencer um adversário mais
forte.
Zona de perigo – área do gol.
(Ente outras).
OBS.
Você pode conferir melhor esta relação de gírias, a partir de cada postagem exibida no contexto desse bloog.
OBS.
Você pode conferir melhor esta relação de gírias, a partir de cada postagem exibida no contexto desse bloog.
FONTES
CONSULTADAS: HOUAISS, Antonio; VILLAR,
Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Mello. Dicionário Houaiss
da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009
Lembrei da expressão: "Perna de pau"
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